Recato

11/09/2014 07:44

     Namorar é bom, em qualquer parte do mundo, seja qual for o contexto cultural ou a crença, namorar é bom, eu já disse isso e continuarei dizendo enquanto tiver forças, pos uma coisa que não é boa não viria sendo feita de geração em geração desde os primórdios da convivência comunitária da espécie por livre e espontânea vontade, e em algumas vezes até contra a vontade de influências superiores da sociedade. Se não fosse bom, nós não estaríamos aqui agora, nem eu escrevendo e nem você lendo, mas se estamos, foi porque um homem e uma mulher em algum momento da história, namoraram. Mas como todas as coisas boas que existem no mundo o namoro também possui um local e um tempo apropriados. E existem situações que devem ser evitadas.

     As refeições tem momentos no dia para serem realizadas e se possível em locais higienizados adequadamente, não se estuda álgebra em meio a um baile funk na madrugada e não se tira um cochilo no meio de uma partida de futebol quando se é o goleiro. Seguindo essa linha de raciocínio, imaginasse que quando se namora, um namoro compromissado e com propósito (não apenas uma troca de carícias que busca satisfazer os próprios desejos carnais e posteriormente dispensar o outro como um objeto descartável que já cumpriu seu objetivo), existem pré requisitos a serem considerados já que algumas vezes carinhos que são simples demonstrações de afeto se confundem com carícias que são comportamentos reservados para casais que já contraíram o matrimônio.

      Nos ultimos tempos nossos casais têm se mostrado excessivamente à vontade em público para exercer comportamentos que beiram a pornografia, já fui surpreendido ao ver em praças públicas seres quiméricos em uma fusão que tornava impossível descobrir onde um começava e o outro terminava. Mãos em coisas, coisas em mãos, movimentos pélvicos e respirações ofegantes. Esses não são comportamentos que uma pessoa que se reconhece como templo do Espírito Santo teria em público, e isso independente de ser ou não casado com a outra pessoa.

     Certa vez uma família estava no carro, os pais sentados na frente, e a grande prole atrás. Quando estavam parados num farol vermelho, uma das crianças apontou para uma cena que atraíra sua atenção. Ao lado do carro, na calçada, estava um casal jovem engajado numa demonstração pública de afeição. As crianças expressaram sua desaprovação, gritando "Uuuuuu!" e com chamados de "Eca!", o sábio pai dessas crianças que tinham rotulado um ato de amor como nojento aproveitou a chance de ensinar-lhes uma lição de vida. "Não é nojento," disse ele aos filhos, "Apenas estão no lugar errado".

     Algumas coisas devem ser feitas em particular. Não porque seja nojento, mas porque são preciosas, e não devem acontecer na rua. Há casais que ninguém jamais verá se tocando, mas qualquer um pode ver o profundo amor que partilham. Isto está refletido na maneira de conversarem, de olharem um para o outro, e da maneira de falarem sobre o outro. Quando um casal está seguro de seu amor mútuo, não sente necessidade de demonstrar afeição a outros fora do relacionamento. E mesmo assim todos, incluindo os filhos, saberão que o amor está ali. A afeição física é mais poderosa quando é mantida reservada, em local correto.

     Qualquer homem pode exitar uma mulher, assim como qualquer mulher possui meios de levar um homem a um estado de excitação, mas apenas O Homem e A Mulher certos são capazes de fazer o outro se sentir amado com apenas um olhar, aquele olhar único, que dispença todas as palavras, que abre mão de todo toque e é capaz de curar toda dor, secar toda lágrima, derramar lágrimas ou iluminar sorrisos. Um casal que se olha nos olhos com freqüência, que conversa e faz planos se conhece muito mais que um casal que pratica sexo todo dia, porque se preocupa em conhecer a alma do outro e não o corpo. A alma é eterna, o corpo se deteriora e vira poeira.

     O casal Robson e Márcia do CAOV (Centro Arquidiocesano de Orientação Vocacional) de Niterói costuma comentar que na hora de namorar a melhor opção é procurar por locais TIA - Transitados, Iluminados e Arejados. Esse método tem o objetivo de manter o casais contidos e evitar intimidades inadequadas, mas ele só funciona se existir um comprometimento do casal em evita-los. Só funciona quando o casal se da conta que prazer não é sinônimo de amor, assim como piscina não é sinônimo de água, a piscina é um local onde pode haver água, ou não, e quem salta lá sem verificar antes pode acabar se machucando seriamente. No amor conjugal existe prazer, mas não se pode pular etapas, ou alguém acabará se machucando, é preciso viver o pudor e valorizar a beleza do namoro, para que o centro do relacionamento não seja aquilo que o outro proporciona ao seu corpo, mas sim aquilo que os dois podem ofertar a Deus como fruto, mas essa é apenas a Minha Humilde Opinião.


Ass:Bruno Santos.



Como você vê o pudor dos casais hoje?

Sobre o texto

Simone 15/09/2014
Parabéns pelo texto!! Gostaria de comentar vários pontos mas vou me restringir. Realmente temos visto comportamentos chocantes entre os jovens. Inclusive de casais adolescentes/jovens menina - menina ou menino- menino pelas ruas, dentro de ônibus... Desde que o mundo é mundo existe a atração física entre os seres humanos. Mas em algumas épocas e civilizações nem sempre existiu NAMORO, logo estava longe de se tornar uma história de AMOR com os quesitos que vc citou. Hoje a situação é realmente preocupante. Pula-se etapas importantes. Claro para quem concebe o namoro como um caminho, uma preparação para o casamento e a formação de uma nova família. Uma pena... Mas vamos continuar fazendo a nossa parte e andando na contramão! Força, jovens!!!♡♥

cultura, uma das grandes culpadas

ewerton 14/09/2014
é interessante ver que isso também é uma questão cultural. Nos países mais recatados como por exemplo no Japão, os casais evitam qualquer tipo de contato físico em publico. Ate mesmos gestos mais comuns como dar as mãos. E em países mais fechados ainda como por exemplo nos Emirados Árabes, qualquer tipo de afeição em publico é incrivelmente repudiado pela sociedade presente. Então podemos notar que nossa cultura ocidental também é uma grande vilã disso tudo, afinal você beija uma pessoa em publico porque você viu isso acontecer inúmeras vezes na sua vida. Sendo assim dependendo da região ocidental onde você vive, beija, abraça e ate mesmo caricias mais fortes, podem parecer comuns e normais.
O que eu estou querendo defender é que, por mais que os casais mais assanhados realizem suas caricias em publico e tenham uma grande parcela de culpa em toda a historia, é também visível a influencia e culpa da cultura que ele presencio ao longo de sua vida.

Re:cultura, uma das grandes culpadas

Bruno Administrador 14/09/2014
Concordo com você meu caro, e acrescento que uma das armas dessa cultura é a mídia, que tenta nos enfiar goela abaixo a idéia que tudo é normal. Desde a moda com suas roupas cada vez mais curtas, a música com suas letras mais sexualizadas que nunca e na TV com cenas a cada dia mais picantes e passando cada vez mais cedo. Temo que meus filhos faram parte da geração q assistirá filmes pornográficos na sessão da tarde. E só oq resta para os pais que buscam proteger os filhos dessa realidade é assinar uma TV a cabo ou desliga-la.

Namoro

Helen 13/09/2014
As coisas tem se tornado mais liberais por culpa nossa msm. Jovens cristãos esquecemos q os nossos corpos,as nossas atitudes ja n nos pertence mais,somos uma eclesia chamados para carregar a vida de Cristo em nós,então precisamos ser exemplos para os outros ”seje meus imitadores"... Sabe onde estamos errando? Culpa as pessoas de n estarem fazendo o seu papel e agente ?

Re:Namoro

Bruno Administrador 13/09/2014
Boa observação Helen, as palavras convencem, mas o exemplo arrasta, precisamos ser sal da terra e luz do mundo.

Namoro

Brenda Monteiro 13/09/2014
Hoje em dia, se deparar com esse tipo de situação se tornou algo corriqueiro, muitas vezes até por pessoas que se dizem ser da "igreja" (seja católico ou protestante). Enfim, ao meu ver, os valores já não existem mais e muito menos o pudor. As pessoas já não se escandalizam mais com esse tipo de coisa, virou algo tão comum como ver casais de mãos dadas.

Re:Namoro

Bruno Administrador 13/09/2014
Olá Brenda, comum é diferente de normal, aquilo que era errado ontem continua sendo hoje e continuará sendo amanhã, não importa que seja moda ou que pareça não fazer mais diferença, é tomando atitudes diferentes e mostrando os resultados que fazemos da nossa vida um testemunho.

Namoro .

Bruna Lucindo 13/09/2014
Muito bacana sua colocação sobre namoro país hoje o que era para ser um bom namoro se torna algo peculiar de um casamento,papéis se inverterao e buscar um relacionamento puro é quase um feito .

Re:Namoro .

Bruno Administrador 13/09/2014
Estão tentando tornar o namoro um casamento no qual cada um vive na sua casa, com todos os benefícios, mas sem nenhum dos problemas, querem se satisfazer, mas sem pagar o preço, isso torna os casais cada vez mais imaturos e gera relacionamentos altamente instáveis, para cada coisa existe um tempo, precisamos dar nosso testemunho e mostrar que guardar a pureza não é retrógrado, retrógrado é imitar os cães que fazem na rua sem se preocupar com quem está olhando.

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